O FÍGADO
FÍGADO
- Onde nasce o verdadeiro equilíbrio emocional
Na visão da Medicina Tradicional Chinesa (MTC),
o fígado, do ponto de vista energético, está estreitamente envolvido com a
vesícula biliar (postura e decisões), mas também com os olhos (sentido da
visão), ombros, joelhos e tendões (flexibilidade), unhas, seios e todo o
aparelho reprodutor feminino.
Na MTC se diz que o fígado é o órgão mais importante para a mulher, assim
como o rim o é para o homem. Praticamente, todo o sistema reprodutor feminino é
regido pelo fígado, responsável por alterações no ciclo menstrual, presença de
cistos de ovário, miomas uterinos, corrimentos ou pruridos vaginais, alterações
da libido como frigidez e impotência. O fígado é responsável por manter o livre
fluxo da energia total do corpo.
Como o movimento do sangue segue o movimento da energia, dizemos que o fígado
direciona a circulação do sangue e regula também o ciclo menstrual.
Mas seu papel mais importante, é sem dúvida, sobre o equilíbrio emocional. É o
livre fluir da energia do fígado que vai nos permitir responder vitoriosamente
aos desafios da vida, aos estímulos emocionais e afetivos, 24 horas por dia,
cada segundo de nossa vida, sem parar.
Daí começa a responsabilidade e respeito que devemos ter pelo nosso fígado e
sistema hepático. E já podemos deduzir sobre o desgaste intenso ao qual este
sistema é submetido no cotidiano da vida moderna.
Pouco se sabe sobre sua importância e como auxiliar, ser cúmplice, do fígado
nesta missão existencial: equilíbrio emocional e afetivo. Visão, flexibilidade,
postura e decisões.
Pelo contrário, só pela má alimentação e sedentarismo, a cultura ocidental faz
de tudo para fragilizar o sistema hepático. Os maus hábitos alimentares e de
vida levam ao seu desequilíbrio funcional, que leva ao desequilíbrio emocional,
que desencadeia, ainda mais, maus hábitos alimentares e de vida. Este
desequilíbrio energético pode se manifestar de várias formas. Dependendo da sua
localização: insônia, enxaqueca, hipertensão, problemas digestivos, TPM, etc.
Os problemas ligados ao fígado podem ser por falta ou por excesso de energia
circulante. Um bom exemplo de excesso é a raiva, mais exatamente a raiva
reprimida e, num quadro de vazio energético, temos a procrastinação e o medo
paralisante, ou síndrome de pânico.
A estagnação do fluxo de energia do fígado frequentemente desequilibra o
emocional, produzindo sentimentos de frustração e ira. Essas mesmas emoções
podem levar a uma disfunção no fígado, resultando em um ciclo interminável de
causa e efeito. Como todas as emoções, boas ou más, passam pelo fígado, não
devemos reprimi-las infinitamente.
A repressão das emoções provoca um bloqueio da energia que leva ao excesso de
calor no fígado. Cabe uma distinção entre sentimento e emoção. Os sentimentos,
geralmente, fortalecem os órgãos e servem como mecanismos de defesa para o
organismo. Certa irritação que nos leva a reagir diante de um ataque ou quando
nos sentimos lesados, é diferente da raiva que é cega e destrutiva. Os olhos
são a manifestação externa do fígado. Em outras palavras, o fígado rege o
sentido da visão. Assim, patologias da visão irão sinalizar alguma alteração no
fígado.
As mais comuns são: conjuntivites, olhos vermelhos sem processo inflamatório,
coceiras, “vista” seca, visão fraca, embaçada ou borrada, terçol, pontos
brilhantes que aparecem no campo visual, e outros.
A lágrima é a secreção interna que ajuda a aliviar o fígado.
Cuidado com olhos secos. Daí vem a importância do exercício de “piscar os
olhos” (sempre – não esquecer) e de não reprimir o choro, embora nem sempre
seja conveniente socialmente. Mas, acredite conter o choro faz mal à saúde. Ah!
Uma forma divertida de chorar / lacrimejar é deixando o riso fluir, acontecer
no seu dia-a-dia, na sua vida.
As unhas são outra manifestação externa das condições do fígado, e as suas
deformidades ou a presença de micose sugerem algum comprometimento do fígado,
ou desequilíbrio prolongado da sua energia.
O fígado rege as articulações do ombro e joelhos, e também os tendões de modo
geral. Assim sendo, as bursites e dores nos joelhos, sem causa aparente, são
sinais de comprometimento da energia do fígado.
As tendinites e os estiramentos frequentes também estão neste quadro.
Todo órgão está associado a uma víscera que, no caso do fígado, é a vesícula
biliar. Resumidamente, a vesícula atua mantendo o equilíbrio postural. Todos os
quadros de tonturas, vertigens, labirintites estão ligados a ela. Rege a
articulação tempero mandibular (ATM). Todas as tensões que ficam retidas no
fígado podem ser descarregadas nesta região e produzir o bruxismo, que é um
quadro de ranger os dentes, que se manifesta mais frequentemente durante o
sono. Metafisicamente a vesícula biliar comanda a capacidade de tomarmos
decisões assertivas. Uma vesícula desequilibrada se manifestará na forma de
indecisões, ou mesmo desorientações, perda de rumo. E, para resumir e partir o
mais rápido para a ação de cumplicidade “de bem com o fígado”, é recomendável:
- desintoxicar-se diariamente com o aumento do consumo dos alimentos de origem
vegetal, maduros, crus, idealmente orgânicos e integrais;
- desintoxicar-se diariamente praticando a terapia do riso, as brincadeiras, as
artes, o lazer;
- praticar atividade física moderada diariamente. (As pessoas não têm noção de
como este hábito é vital para o livre fluxo de energia do fígado);
- os sabores ácido e amargo, assim como os alimentos de cor verde, são os
maiores aliados do fígado. Entretanto, na primavera, evite exagerar nos sabores
ácidos e picantes.
- evitar intoxicar-se com alimentos muito gordurosos (tanto pela qualidade,
gordura animal e óleos refinados, como pela quantidade, frituras, açúcar, café,
álcool, substâncias químicas diversas que afetam o humor; etc.)
- evitar vida sedentária e estressante, o mau humor, ilusões e grandes
expectativas.
Autoria: Ernani Franklin
Via: zhenjiu
ESTÔMAGO
APARELHO DIGESTIVO
Aceito ou rejeito? Prendo ou solto?
Compreende o tubo gastrintestinal e seus órgãos acessórios: língua, dentes,
glândulas salivares, vesícula biliar. O tubo gastrintestinal é um tubo que se
estende dos lábios ao ânus, sendo que cada parte que o forma, é chamado por um
nome distinto, como, boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e
grosso, cada parte contribuindo distintamente para uma finalidade comum, ou
seja, a transformação dos alimentos em substâncias que possam ser aproveitadas
pelas células do organismo.
As causas não físicas dos males do estômago estão vinculadas a um sentimento de
rejeição oriundo da dificuldade em “digerir” novas situações, pessoas e
circunstâncias que são vistos e entendidos como ameaçadores ou que promovem a
necessidade de adequação, aceitação, libertação e solução.
A possessividade e a raiva podem gerar dificuldades digestivas; o pavor e o
medo podem gerar náuseas e vômitos. O vômito é, na verdade, o ponto culminante
da rejeição.
Entretanto, diz o Dr. Luiz F. Figueiredo, “considerando a gravidez, onde os enjoos
e vômitos são frequentes, essa rejeição deve ser mais bem analisada, pois comumente
as pessoas enquadram os vômitos e náuseas como fatores da rejeição ao bebê
exclusivamente. E não é bem assim. Excetuando as causas palpáveis que englobam
uma série de modificações no organismo em virtude da gravidez e considerando as
causas metafísicas, a rejeição pode estar associada a diversos fatores, tais
como:
a) Rejeição ao sêmen, proveniente de dificuldades no relacionamento entre o
casal, momentos de crise impróprios para a gestação. Uniões estabelecidas sem a
participação amoroso-afetiva e também fatores mais contundentes quando a
gravidez é decorrente de atos de violência.
b) Rejeição à função. Revelando que este sintoma é decorrente do medo dos
encargos da maternidade. O medo de não conseguir dar cumprimento as obrigações
de “futura mamãe”, o receio da responsabilidade que o ato de ser mãe encerra,
receio de não atingir às expectativas dos familiares, entre outros anseios. ”
As náuseas e vômitos estão comumente ligados a presença de fatores ou situações
inusitadas que rejeitamos, encargos que não suportamos, pois no sentido vulgar,
tudo aquilo que se nos apresenta como novo, tudo o que não dominamos, e que nos
ameaça, “mexe e revira” o nosso estômago.
Os Drs. Thorwald e Rudiger esclarecem: “o estômago recebe todas as impressões
que provêm de fora e que deve digerir."
A capacidade de receber implica em estar aberto, exige passividade e propensão
no sentido de uma capacidade de entrega. Com essas características, o estômago
representa à polaridade feminina.
Ao lado da capacidade de recepção, o estômago cumpre outra função que devemos
atribuir à polaridade masculina: a produção e distribuição do suco gástrico
(ácido). Os ácidos atacam: ardem, corroem, são visivelmente agressivos.
O estômago reage com um aumento do seu teor de acidez produzindo sucos corrosivos
no nível físico numa tentativa de digerir e de lidar com sentimentos que
simplesmente não são materiais - um empreendimento difícil, que provoca vários
arrotos e sensação de uma pressão ascendente cuja função é nos lembrar que é
preferível não engolir os sentimentos, poupando ao estômago a tarefa de
digeri-los. Em outras palavras, o ácido sobe porque precisa ser expresso. É aí
que o paciente tem problemas estomacais. Falta-lhe a capacidade para lidar com
os seus aborrecimentos e com a sua agressividade de forma consciente,
resolvendo seus problemas através de um senso de responsabilidade pessoal.
O indivíduo que sofre do estômago deixa totalmente de demonstrar sua
agressividade (engolindo tudo) ou exagera na agressividade - embora ambos os
extremos não o ajudem a resolver de fato os problemas, pois ele carece de uma
base segura de autoconfiança e da sensação fundamental de proteção para
confrontar com independência os obstáculos. É alguém que não quer se permitir
ter conflitos. Sente saudade da infância livre de atritos, embora não tenha
consciência do fato. Em síntese, a tendência básica de dirigir os nossos
sentimentos, as nossas paixões para dentro, em vez de para fora, provoca com o
tempo a formação de úlceras gástricas (elas não são de fato excrescências ou
tumores, mas perfurações na parede do estômago). Nesse caso, o estômago não
digere algo que provém do exterior, mas sua própria parede!
A pessoa está digerindo a si mesma.
Fonte: Cure seu Corpo
Postado por
CROMO CAIO