por Manoel Lopes
Estamos
iniciando um novo ano, e estamos apresentando este novo texto para a reflexão
de todos os umbandistas.
Em
hipótese alguma apresentamos este trabalho como verdade definitiva, mas sim
como uma hipótese um elemento de estudo aos umbandistas deste
terceiro milênio.
Na
doutrina seguida pelo Núcleo Mata Verde, aceitamos um processo
evolutivo que tem seu desenvolvimento através dos sete reinos sagrados, é uma
linha única da evolução espiritual.
No
instante da sua criação, a mônada espiritual, começa sua jornada evolutiva
através dos sete reinos e em cada fase deste processo evolutivo recebe
denominações diferentes.
Em
termos bem simples podemos nomear as mônadas conforme sua atuação em cada um
dos reinos.
Nos
primeiros quatro reinos, a saber: Reino do Fogo, Reino da Terra, Reino do Ar
e Reino da Água a mônada recebe a denominação de ELEMENTAL.
Elemental
em função da mônada, atuar em campos estruturais pertencentes aos primeiros
quatro reinos, que recebem a mesma denominação dos quatro elementos de
Aristóteles (Fogo,
Terra, Ar e Água).
A
origem da teoria dos quatro elementos, ao menos no ocidente, está na Grécia,
entre os filósofos pré-socráticos. Entre eles, a origem da matéria era
atribuída a um elemento diferente: ora o fogo, ora a água.
No
entanto, é provável que essa discussão tenha vindo do oriente, onde
encontramos, na China, a Teoria
dos Cinco Elementos. Estes são, na verdade, elementos sutis,
ou melhor, estados de mutação da matéria-energia.
Os
escritos dos filósofos da Renascença, porém, levam a supor que o ocidente
também via os elementos como forças sutis que se manifestariam através de
transformações recíprocas. É o que se depreende do texto enciclopédico
de Cornelius
Agrippa, De occulta philosophia. Esta forma de
ver os elementos justifica a ligação entre astrologia e alquimia, que ocorria
naquela época.
Também
na Índia se vê a aplicação deste conceito de elementos que entram em partes
equilibradas na composição da matéria, quando a medicina aiurvédica tenta
equilibrar os três humores: vento,
fogo e terra.
O
nome de Elemental é
dado então em função da mônada atuar sobre reinos que possuem a mesma
denominação dos quatro elementos: ELEMENTAL => ELEMENTOS
À
partir do reino da água as estruturas ficam mais complexas, aparecem na água
os primeiros seres vivos e a partir deste reino até o reino das matas a
mônada passa a receber a denominação de ELEMENTAR.
Recebe
a denominação de Elementar devido
a mônada passar a atuar em campos estruturais de seres mais complexos, mas
ainda bastante ELEMENTARES.
(Seres elementares)
Nos
reinos da mata e
da humanidade a
mônada pode receber outras denominações, por exemplo: Almas grupo, Encantados naturais
etc...
Quando
a mônada espiritual atinge a etapa evolutiva do Reino da Humanidade,
passa a atuar sobre estruturas mais complexas, passa a ser chamada de ESPÍRITOS e
é nesta fase que se encontram todos os humanos, espíritos encarnados.
Naturalmente
que nesta fase de espíritos, encontramos várias denominações, de acordo
com o grau evolutivo do espírito (mônada) e da sua atividade, comportamento
etc...
Quando
a mônada evolui da fase de espírito, ela deixa o Reino da Humanidade e
passa a atuar diretamente no Reino
das Almas.
Nesta
fase evolutiva a mônada passa a receber várias denominações diferentes , que
podem ser por exemplo: espíritos puros, mestres, santos, anjos, arcanjos,
orixás etc... (Angelitude)
Nesta
fase evolutiva a mônada atua sobre campos estruturais de maior complexidade e
responsabilidade.
Não
é possível determinar quando se inicia o processo evolutivo da mônada, sua
data de criação, da mesma forma que não podemos determinar quando a mônada
atinge seu ápice evolutivo, podemos afirmar que esta caminhada é eterna, pois
o universo também evolui num processo continuo. (Teoria do Big Bang)
Durante
todo este processo evolutivo a mônada atua sobre campos estruturais diferentes
, mantendo e criando estruturas, que podem ser de natureza material, etérica,
mental, emocional e espiritual.
Vamos
neste texto comentar sobre a fase evolutiva da mônada nos quatro primeiros
reinos, onde ela recebe a denominação de ELEMENTAL.
Infelizmente
a literatura existente é confusa e muito limitada, na maioria das vezes
apresentando uma visão infantil sobre este estágio evolutivo e com poucas
informações.
Estágio
este, que todos nós já passamos, em algum momento da nossa caminhada
evolutiva.
De
acordo com Papus: “O caráter essencial dos
elementais é animar instantaneamente as formas de substância astral que se
condensa em volta deles. Seu aspecto é variável e estranho: ora são como uma
multidão de olhos fixos sobre um indivíduo; ora são pequenos pontos fixos
luminosos rodeados de aura fosforescente. Podem, ainda, parecer criaturas
indefinidas, combinações de formas humanas com animais.”
É
muito comum a literatura falando sobre silfos, salamandras, ondinas e Gnomos.
Não
queremos neste texto tratar sobre rituais para invocação de elementais, nossa
preocupação maior é despertar a consciência do umbandista para esta enorme
quantidade de “seres” que
atuam no universo e cotidianamente participam de nossas vidas sem que
tenhamos consciência desta intervenção.
Este
assunto foi desenvolvido no curso “A
Evolução espiritual e os Sete Reinos Sagrados”, que se
encontra disponível no módulo de ensino à distância do Núcleo Mata Verde – www.ead.mataverde.org
Podemos
estudar de forma “racional” estas mônadas chamadas de elementais?
Quantas
existem?
O
que fazem?
Onde
interferem?
Quais
os espíritos que atuam sobre elas?
Quem
são estes espíritos da natureza?
Estão
subordinadas a quais Orixás, a quais hierarquias espirituais?
Verifiquem
que existem muitas dúvidas, muitas perguntas e com certeza muitas respostas.
Para
podermos adentrar neste mundo desconhecido, utilizamos no Núcleo Mata Verde um
modelo doutrinário que chamamos de Umbanda Os Sete Reinos Sagrados, que
são fases da evolução
do planeta Terra.
Se você ainda não conhece esta doutrina, recomendamos o livro – Umbanda Os Sete Reinos Sagrados, Manoel Lopes, Ed.Ìcone e também o curso à distância “Umbanda Os Sete Reinos Sagrados” disponível no site www.ead.mataverde.org
Após
esta breve apresentação do conceito de Elemental, que difere de Elementar, como
mostrado acima, iremos apresentar uma maneira simples de compreender
esta enorme quantidade de seres.
Sabemos
que existem sete
reinos, que são chamados de sete reinos sagrados e que nada
mais são do que fases
evolutivas do planeta Terra.
Estas
sete fases são identificadas e aceitas pela ciência atual.
Sabemos
também que atuam nestes sete
reinos, sete
hierarquias espirituais, que nada mais são do que as Sete Linhas da Umbanda.
Sabemos
também que estes sete reinos geram sete tipos diferentes de forças primordiais,
que chamamos de Tatá
Pyatã, Yby Pyatã, Ybytu Pyatã, Y Pyatã, Caá Pyatã , Abá pyatã e Anga pyatã que
em nossa linguagem se traduzem como força
ígnea, força telúrica, força eólica, força hídrica, força vegetal e animal,
força Hominal e força espiritual.
São
estas diferentes forças primordiais combinadas que criam a grande diversidade
de elementos existentes na natureza, na vida e na espiritualidade.
Estas
forças podem se combinar gerando formas complexas de atuação material
e espiritual, também gerando as diversas linhas de trabalhos existentes na
umbanda e as diversas qualidades de orixás existentes
no Candomblé.
Para
facilidade de estudo iremos criar uma matriz numérica para facilitar o
entendimento.
Faremos
uma matriz agrupando os quatro reinos, onde a mônada recebe a nomenclatura
de Elemental,
e os sete reinos sagrados com suas varias formas de expressão e
manifestação.
Representaremos
a mônada utilizando a letra “M” e
cada reino será representado pelo número correspondente ao reino:fogo (1), Terra(2), Ar(3),
Água(4), Matas(5), Humanidade(6), Almas(7).
Por
exemplo:
M12 => representa uma mônada
do reino do fogo (1) atuando no reino da Terra (2)
Vamos
determinar inicialmente quantas mônadas podem existir nas condições
apresentadas acima: Mônadas pertencentes aos quatro primeiros reinos (
1,2,3,4) que atuam nos sete reinos (1,2,3,4,5,6,7)
Uma
matriz 4×7
M11,
M12, M13, M14, M15, M16, M17
M21,
M22, M23, M24, M25, M26, M27
M31,
M32, M33, M34, M35, M36, M37
M41,
M42, M43, M44, M45, M46, M47
Verificamos
que possuímos 28 tipos diferentes de mônadas atuando como elementais.
Seria
este o limite máximo dos diferentes elementais?
A
resposta é não, pois podemos combinar estes 28 princípios, gerando assim,
muitas formas diferentes de elementais.
Qual
o número total de combinações, que estas 28 princípios podem fazer?
Existe
um formula matemática de analise combinatória para calcular este valor.
O
valor de Cn,p conforme abaixo:
C28,2
= 378
C28,3 = 3.276 C28,4= 20.475 C28,5 = 98.280 C28,6 = 376.740 C28,7 = 1.184.040
este
valor vai aumentando até atingir C28,14=40.116.600
Estudar
individualmente cada um destes 40.116.600 elementais,
é uma tarefa impossível de ser realizada, mas podemos estudar em detalhes
cada um dos 28 elementais básicos.
O
que faremos em outro texto, mas deixamos um convite para você iniciar
seus estudos a partir dos elementos fundamentais de cada reino, fazendo a
livre associação entre os reinos combinados.
Abraços,
Saravá
Umbanda!
São
Vicente, 02/01/2013
Manoel
Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde
|
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