Através da compreensão, adquirida pelo conhecimento de suas escolhas precedentes, em outras vidas, você encontrará finalmente as explicações para determinadas posturas, decisões e preferências atuais.Além de se identificar com algumas repetições e rejeições, relativas ao seu antigo padrão de comportamento. Este conhecimento ajudará você promover as eventuais necessidades de ajuste ao seu perfil, além de estimular o reconhecimento, e posterior aproveitamento, dos potenciais herdados.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
COMPREENDENDO MELHOR NOSSOS CÃES... (pesquisa)
Cerca de 70 milhões de cães convivem com os americanos em seus lares. São 10 milhões de animais a mais do que o número de crianças com menos de 15 anos. O padrão é mais ou menos o mesmo em outros países do Ocidente. Aproximadamente 40% desses animais têm permissão para dormir na cama dos seus donos.
Como foi que os cães chegaram a uma condição de tamanha intimidade em nossas vidas? De acordo com uma teoria, nos milhares de anos em que conviveram com os seres humanos, eles acabaram se familiarizando com a maneira como pensamos. Não há dúvida de que os cães têm uma sensibilidade notável para decifrar o comportamento humano.
Eles são capazes de seguir o gesto de alguém que aponta na direção de um alimento oculto; também conseguem apontar com sucesso a localização de um brinquedo escondido. Em determinadas circunstâncias, os cães compreendem que um ser humano incapaz de vê-los (devido à cegueira, por exemplo) dificilmente vai atender com uma guloseima a uma solicitação insistente sua, diferentemente do que aconteceria se a pessoa pudesse ver. Também é mais provável que obedeçam a uma ordem de não tocar em algo que os atraia quando o dono está por perto do que quando está longe.
Contudo, as tentativas de entender a inteligência dos cães como análoga à dos seres humanas não leva em conta numerosos detalhes sobre o comportamento de homens e cães. A evolução não desenvolve o mesmo tipo de inteligência duas vezes, embora problemas semelhantes possam conduzir a soluções parecidas.
Conforme sabem muitos donos de filhotes, é preciso tempo e muito treino para que um cão compreenda o comportamento humano. Não eriçamos os pelos das costas quando ficamos zangados, também não cheiramos a traseira uns dos outros ao fazer novos amigos. Os cães não gesticulam a pata dianteira e nem recorrem à gramática quando tentam comunicar certas coisas.
Em nossa pesquisa, constatamos que as pessoas continuam um tanto misteriosas para esses animais nos primeiros cinco meses de suas vidas. Além disso, os cães que vivem em canis entendem muito menos os seres humanos do que os cães domésticos.
Uma pesquisa recente de Alexandra Horowitz, do Barnard College de Nova York, chama a atenção para “o diálogo” que, às vezes, ocorre entre seres humanos e cães. Horowitz pediu aos donos que proibissem seu cão de comer um biscoito e, em seguida, saíssem da sala onde se encontravam. Ao retornarem depois de algum tempo, alguns desses indivíduos foram informados de que seu cão havia se comportado mal e comera o alimento proibido. Outros foram informados que seu cão tinha se comportado bem e não comera o biscoito. Se o animal tivesse se comportado mal, o dono teria um momento à parte para repreendê-lo por seu mau comportamento. Em seguida, os pesquisadores quiseram saber dos donos se seu cão parecia sentir-se culpado.
A “pegadinha” dessa história é que somente 50% dos donos foram informados corretamente sobre o comportamento do seu cão. Horowitz disse aos demais que seu cão não tocara o biscoito, quando a verdade era justamente o oposto, e vice-versa.
O objetivo da farsa era saber se a resposta dada pelos donos no momento em que Horowitz perguntasse a eles se seu cão parecia culpado refletia, de fato, o ato em questão — isto é, o consumo do item proibido pelo animal —, ou se seria consequência de um castigo aplicado a ele. Os resultados mostraram claramente que o “ar” de culpa do animal se devia, exclusivamente, ao fato de ter sido repreendido. Portanto, nada tinha a ver com a desobediência, ou não, da ordem dada a ele.
Isso não significa que não devemos castigar (ou elogiar) nossos cães. Tampouco significa que não devemos amá-los — ou, às vezes, nos sentirmos frustrados por causa deles. Significa, isto sim, que se queremos viver de forma harmoniosa com outras espécies no mais íntimo das nossas casas, temos de levar em conta o fato de que, por vezes, nosso modo habitual de raciocinar é diferente do deles. Devemos tentar entender os cães tomando por base seu modo peculiar de ser, e com isso ajudá-los a nos compreender.
Copyright Project Syndicate
“Conhecemos o grau de evolução de uma sociedade pela forma como tratam seus animais" - (Gandhi)
por luizabysampa@gmail.com
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