Jackie Wullschlager, crítica de arte do Financial Times, biógrafa de Marc Chagall, disse:
- Chagall usou temas judaicos (rabinos rezando, castiçais, a Torah) mas o que a religião lhe deu foi uma visão do mundo em que as coisas mais banais eram repletas de significado - por isso seu limpador de rua ou mendigo é carregado de grandeza espiritual." (Caderno Prosa e Verso, do jornal O Globo, de 19.12.2009)
Grandeza espiritual existe em cada um de nós e torna nossa vida melhor, mais atraente, mais instigante, mais envolvente e muito mais bonita. Às vezes fica escondidinha por nossa própria culpa.
Aí... o que tem importância, até mesmo o que parece banal, passa e não somos capazes de ver !
O limpador de rua e o mendigo de Chagall ao nascerem, fragéis e pequeninos,
pelo pincel do pintor, receberam olhares que viram neles grandeza espiritual. Conosco aconteceu o mesmo.
Hoje, com boa parte do caminho trilhado e pontilhado de acertos e erros, somos vida pulsante e carente. Continuamos frágeis.
Ontem, quando éramos boas promessas de vida, fomos contemplados com olhares mágicos e esperançosos (principalmente de pai e mãe).
Hoje é hora de reeditar, por merecimento, aquele olhar recebido ainda no berço.
Amanhã, ato contínuo, oferecê-lo a quem cruzar nosso caminho. E assim, estaremos mais receptivos aos que vierem em nossa direção. Merecemos e precisamos disso, em mão dupla.
Urge olharmos à nossa volta.
"Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz." (Madre Teresa de Calcutá)
Nenhum comentário:
Postar um comentário