Se um teste de genoma pudesse prever suas chances de viver até os 100 anos, você gostaria de saber?
Um estudo sobre longevidade comparou os genomas de 801 centenários de ascendência européia branca, nascidos entre 1890 e 1910, com genomas de 926 pessoas que morreram antes de chegar aos 100.
A equipe identificou diferenças – variações em uma única letra no código genético – que são muito mais susceptíveis de serem encontradas nos genomas de centenários do que em pessoas que morreram antes. Muitos destes marcadores são associados à habilidade do corpo de evitar doenças relacionadas à idade, tais como doenças cardíacas e demência.
A principal conclusão do estudo é a confirmação de que a genética desempenha um papel importante na longevidade extrema.
Será que essas informações genéticas podem ser comercializadas? É provável. Prevendo essa possibilidade, a equipe da pesquisa está lançando um site onde as pessoas podem enviar seus dados genéticos para obter uma previsão de longevidade – juntamente com uma lista de advertências, com certeza.
Mas o estudo não é completo. Para começar, os resultados só foram testados em pessoas de ascendência européia branca e não há nenhuma garantia de que se aplicarão a outras etnias. Também não há uma ligação rígida entre a genética e a longevidade: algumas pessoas com estes marcadores genéticos podem não viver 100 anos.
Outra questão é saber se um gene para a longevidade pode afetar a saúde, estilo de vida e as decisões financeiras. Longevidade e outros atributos são associados a uma multiplicidade de fatores genéticos e ambientais. Para os investigadores, o truque é saber comunicar tais sutilezas para usuários de testes genéticos. Os pesquisadores começaram agora um novo estudo para descobrir como as pessoas interpretam e utilizam as informações de seus genomas. Será que os testes genéticos vão se tornar produtos muito desejados?
Por Natasha Romanzoti - [NewScientist]
Ter mais de 100 anos é um grande feito. Você quer chegar lá? Confira essa lista com fatos incríveis sobre centenários:
• Cientistas estão encontrando evidências de que os genes têm um papel muito importante para aqueles que conseguem ter mais de 90 anos. Sabe-se que um longo período de vida acontece sempre em famílias que possuem um histórico nisso, então a genética seria tão significativa quanto a qualidade de vida.
• Em países mais desenvolvidos os centenários representam uma em cada 6 mil pessoas. Já supercententários, pessoas com mais de 110 anos, são muito mais raros – representam uma em cada 7 milhões de pessoas no mundo.
• O conhecimento popular diz que se você chega aos 80 anos é mais fácil que chegue até os 100. E há um embasamento científico nisso, na verdade. Algumas pessoas não ficam tão doentes quanto as outras e os centenários não apresentam muitas doenças relacionadas à velhice até estarem muito próximos ao fim da vida. Doenças de coração, hipertensão e demência são raros.
• Não há nenhuma região no mundo que seja mais abundante em centenários do que as outras.
• A pessoa que teve a vida mais longa registrada no mundo foi Jeanne Calment, da França, que morreu em 1997 com 122 anos.
Por Luciana Galastri - [NewScientist]
Um estudo, realizado em roedores, baseia-se na constatação de que todos os mamíferos, incluindo humanos, fabricam células do cérebro ao longo da vida.
Segundo os cientistas, nós produzimos novos neurônios todos os dias, o problema é que a maioria morre. A nova droga, então, poderia ajudar as células mais novas a sobreviverem e crescerem para funcionarem como células cerebrais.
O composto que permitiria uma maior sobrevivência destas células é chamado P7C3. Os pesquisadores já começaram a fazer ajustes para torná-lo mais eficaz, e disseram que ele parece seguro e funcionaria até mesmo na forma de pílula.
O composto é similar às drogas contra o Alzheimer experimentais, e inclusive pode proporcionar meios para melhorar os seus efeitos.
A pílula está sendo testada e os cientistas esperam reforçá-la para torná-la bastante útil. Se assim for, esse trabalho ofereceria testes concretos para o desenvolvimento de versões melhoradas destes fármacos neuroprotetores.
A doença de Alzheimer destrói gradualmente o cérebro e afeta 26 milhões de pessoas no mundo. Drogas tais como Aricept, da Pfizer Inc, melhoram os sintomas minimamente.
As pesquisas realizadas com os ratos provaram que os que ingeriram o composto tinham três vezes mais que o número normal de neurônios em uma região do cérebro chamada giro dentado.
Quando os pesquisadores testaram os compostos Dimebon e Serono, eles descobriram que essas drogas também estimularam o crescimento de novas células cerebrais. Ser capaz de segmentar os seus efeitos pode levar a melhorias nos medicamentos para tratar não só a doença de Alzheimer, mas também outras doenças que destroem as células do cérebro, como AVC e esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig.
por Natasha Romanzot - [Reuters]
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