"Se no vazio sem significado a criação surgiu,
Se de uma força inconsciente a matéria nasceu,
Se a vida pode se erguer na árvore inconsciente,
E o encanto verde penetrar nas folhas esmeraldinas,
E seu sorriso de beleza desabrochar na flor,
E a sensação pode despertar no tecido, no nervo e na célula,
E o pensamento apossar-se da matéria cinzenta do cérebro,
E a alma espiar de seu esconderijo através da carne...
Como não poderá a luz ignota se lançar sobre o homem,
E poderes desconhecidos emergirem do sono da natureza?
Mesmo agora, insinuações de uma Verdade luminosa como estrelas,
Erguem-se no esplendor da mente lunar da ignorância;
Mesmo agora, o toque imortal do Amante sentimos,
Se a porta da câmara apenas estiver entreaberta,
O que então pode impedir Deus de furtar-se para dentro,
Ou quem pode proibir seu beijo na Alma adormecida?"
(Índia, primeira metade do século XX)
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