sábado, 28 de agosto de 2010

PERDER PESO E SUAS DIFICULDADES REAIS

Você já tentou de tudo – desde ir a academia até a Dieta do Abacaxi – e não conseguiu emagrecer? Talvez você não conheça seu corpo tão bem! Confira 4 razões pelas quais as mulheres não conseguem perder peso e saiba como contorná-las:



1) Tireóide inativa


A glândula tireóide produz hormônios que regulam o modo como o corpo usa a energia. Uma tireóide hipoativa (hipotireoidismo) perturba o seu metabolismo, assim como muitos outros aspectos de sua saúde. Alguns estimam que até 10% dos adultos têm hipotireoidismo, que é mais comum em mulheres e é mais frequentemente diagnosticada entre os 40 e 50 anos.


Será que eu tenho? Além do ganho de peso ou incapacidade de perder peso, os sintomas incluem fadiga, perda de cabelo, pele seca, dores articulares e fraqueza muscular, aumento da sensibilidade ao frio, e até mesmo depressão. Muitas pessoas com hipotireoidismo de baixo grau apenas se sentem desligados, sem sinais de estarem realmente doentes.


Como fazer o teste: Há testes que revelam seu TSH (hormônio estimulante da tireóide). Em geral, quanto maior seu nível de TSH, mais lenta é a sua tireóide. Os valores “normais” estão entre 0,45 e 4,5, e se o nível for superior a 2, você pode lutar para perder peso. Seu médico também pode querer verificar os seus níveis de T-3 e T-4, os dois principais hormônios da tireóide.


Como é tratada: Há remédios que o seu médico pode prescrever.


2) Ovário policístico


Uma em cada dez mulheres em idade fértil tem a síndrome dos ovários policísticos, uma condição na qual os ovários da mulher produzem um excesso de hormônios masculinos. Além de causar problemas de ovulação e infertilidade, a doença pode ir de mãos dadas com a resistência à insulina, uma falha no modo como o corpo processa o açúcar do sangue, que é frequentemente associada com o armazenamento de gordura em excesso, especialmente em torno da cintura. Se a resistência à insulina não for tratada, pode levar a diabetes tipo 2.


Será que eu tenho? Sim, se você tiver períodos de menstruação irregulares, acne facial e pêlo em excesso no corpo, calvície de padrão masculino e problemas para engravidar, juntamente com o ganho de peso inexplicável (embora nem todas tenham problemas de peso).


Como fazer o teste: Seu médico ginecologista pode testar seus níveis de hormônios sexuais para ver um desequilíbrio de testosterona, progesterona e estrogênio. Também pode testar o seu açúcar no sangue e os níveis de insulina ou realizar uma ecografia para verificar se há cistos em seus ovários.


Como é tratada: Mudanças no estilo de vida são geralmente o primeiro passo. Se você já come em uma dieta saudável e faz exercícios regularmente, pode ter que tentar outra coisa pra ver como saem os resultados. Se você tiver resistência à insulina, também vai querer cortar carboidratos refinados e açúcares adicionados. Se você fez essas alterações e ainda não percebeu diferença, o médico pode prescrever um remédio usado para tratar a resistência à insulina, bem como auxiliar na ovulação (se você estiver tentando engravidar).


3) Alergia a alimentos


A maioria das pessoas sabe se é alérgico a determinados alimentos como frutas ou marisco, mas muitos não estão cientes de suas intolerâncias alimentares. Uma verdadeira alergia alimentar acontece quando o sistema imunológico identifica erroneamente um alimento como nocivo e monta uma resposta imediata. Intolerâncias alimentares podem ter uma variedade de causas, incluindo a falta de uma certa enzima digestiva (como intolerância à lactose) ou sensibilidade aos aditivos alimentares, e tendem a se manifestar com o tempo. Comer um alimento “problema” – os mais comuns são laticínios, glúten, ovos, soja, milho e nozes – pode levar ao inchaço e ganho de peso de água, entre outros sintomas. Especialistas estimam que as intolerâncias alimentares afetam mais de uma em cada dez pessoas.


Será que eu tenho? Sim, se você tiver regularmente inchaço, gases, diarréia e constipação, assim como sintomas aparentemente não relacionados, como asma leve, eczema, dores de cabeça, dores musculares e articulares e fadiga.


Como fazer o teste: Um gastroenterologista pode ajudar a diagnosticar o problema, mas você pode começar a descobrir por si mesmo através de uma dieta de eliminação. Comece a remoção do glúten e laticínios (estes são os maiores culpados) de sua dieta por 2 a 3 semanas. Se você não notar uma diferença, elimine também ovos, milho, soja e nozes, e considere aditivos como corantes e conservantes alimentares. Depois de algumas semanas, lentamente reintroduza os possíveis culpados a sua dieta, anotando todas as reações.


Como é tratada: Se a reação for grave, você precisa cortar o alimento agressor de sua dieta. Para reações leves, tente um suplemento diário de probióticos, que restaura as boas bactérias no seu intestino necessárias para a digestão e pode ajudar a prevenir o inchaço e ganho de peso. Médicos recomendam suplementos com pelo menos 10 bilhões de bactérias vivas por pílula.


4) Remédios que engordam


O ganho de peso pode ser um efeito colateral indesejável de alguns medicamentos, incluindo antidepressivos, esteróides, e, mais raramente, pílulas anticoncepcionais (devido a um aumento temporário de retenção de água) e medicação para equilíbrio hormonal.


Será que está acontecendo comigo? Você pode perceber o ganho de peso dentro de poucas semanas que começou a tomar um novo medicamento, embora possa demorar vários meses antes de ver algum efeito.


Como fazer o teste: Nenhum teste especial é necessário, você sabe se está ganhando peso.


Como é tratado: Converse com seu médico, que poderá prescrever uma alternativa. No caso dos anti-depressivos, a bupropiona foi identificada como a que causa menor ganho de peso e possivelmente até mesmo leva à perda de peso. Com pílulas anticoncepcionais, a mudança para uma versão com menor dose de hormônios pode minimizar o ganho de peso. Mas lembre-se tratar a condição pela qual você está tomando a droga como sua maior prioridade; você nunca deve parar de tomar um medicamento por conta própria.

[CNN] Hyperscience - Por Natasha Romanzoti

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