segunda-feira, 2 de maio de 2011

A IMORTALIDADE DA ALMA - Uberto Rhodes



CONHECE-TE A TI PRÓPRIO E SERÁS IMORTAL ...

“Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.


A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.


Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.


Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte.


O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de
espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.


Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.


Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:


- Foge depressa, Sócrates!


- Fugir, por que? - perguntou o preso.


- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?


- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!


- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.


- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!


- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um
pouco de veneno possa dar cabo de mim ...


Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:


- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?


E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:


- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...


E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.


No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:


- Sócrates, onde queres que te enterremos?

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:


- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...


E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.


CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO “EU” DIVINO. ETERNO. IMORTAL.


Assim somos todos nós seres IMORTAIS, pois somos:


ALMA, LUZ, DIVINOS, ETERNOS...


Nós só morremos...
quando somos simplesmente ESQUECIDOS !

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