ORIXÁS UNIVERSAIS
São considerados passivos pois atuam no sentido de ressaltar
as qualidades já encontradas no ser, são multi-coloridos e assim
valorizando as cores originais de algo ou alguém; irradiam-se em todos os
padrões vibratórios e chegam a todos.
OXALÁ
É o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial
é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações
estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de
religiosidade.
Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos
irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé
em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono
da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a
todos os seres. Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda.
Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições.
QUALIDADES: As qualidades de Oxalá são, todas elas,
mistérios da Fé, pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém
deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da fé e da
religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois a religiosidade
é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível
intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e
outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se
humanizaram para falar aos homens como homens e , assim, melhor estimularem a
fé em Deus. Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de
Oxalá são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo todo.
ATRIBUTOS: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é
através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e
despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a
essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando
irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo
positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá
irradia fé o tempo todo e Oiá absorve as irradiações religiosas desordenadas
vibradas pelos religiosos desiquilibrados. Ela se contrapõe a ele porque a
atuação dela é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos
seres que se excedem nos domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a
religiosidade o tempo todo, a todos.
ATRIBUIÇÕES: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um
só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve
suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo
desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os
próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino
Oxalá... e entram nos gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos
eguns negativados nos aspectos da fé.
OFERENDAS: Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas,
côco verde, mel e flôres. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros
se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc.
Já os regentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano
material e não são invocados ou oferendados.
É o Trono irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida
em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial,
e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a
abundância material.
A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo magnético irradiante
da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos
de amor, fraternidade e união.
Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda
uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias
multidimensionais atuam sobre os seres e os estimula os sentimentos de amor e
acelera a união e a concepção.
Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir
da projeção do Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.
Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas
porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.
Todos devem saber que a água é o melhor condutor das
energias minerais e cristalinas. Por esta sua qualidade única, surgem diversos
tipos de água, sendo que a água “doce” dos rios é a melhor rede de distribuição
de energias minerais que temos na face da Terra. E o mar é o melhor irradiador
de energias cristalinas.
Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a
energia irradiada pelos rios é mineral. E justamente neste ponto, surgem
confusões quando confundem a Orixá Oxum com Yemanjá.
A energia mineral está presente em todos os seres e também
em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do
Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as células vegetais
carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo
conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimento
típicos de Oxum, a concepção em si mesma.
Saibam que a Ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e
está na raiz do todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na
natureza de todos os seres. É na Ciência dos Orixás que as lendas se
fundamentam, e não o contrário. Leiam e releiam estes comentários até
entenderem esta magnífica ciência divina e apreenderem suas chaves
interpretadoras da ciência dos entrecruzamentos. Se conseguirem estas duas
coisas, temos certeza que daí por diante entenderão porque a rosa vermelha é
usada como presente pelos namorados e a rosa branca é usada é usada pelos
filhos quando presenteiam suas mães. Ou porque se oferece rosas vermelhas para
oferendar pomba-gira, rosas brancas para Yemanjá e rosas amarelas para
oferendar Oxum, ou rosas “cor de rosa” para as crianças (Erês).
Saibam que, se todas são rosas, no entanto os pigmentos que
as distinguem são os condutores de “minerais” e de energias minerais. Para um
leigo, todas são rosas. Mas para um conhecedor, cada rosa é um mistério em si
mesma. E o mesmo acontece com cada cor, certo? Logo, o mesmo acontece com cada
Orixá Intermediário, que são mistérios dos Orixás Maiores.
Saibam também que todo jardim com muitas roseiras é
irradiador de essências minerais que tornam o ambiente um catalisador natural
das irradiações de amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de
Mamãe Oxum.
Outra coisa que recomendo aos Umbandistas é: por que vocês,
ao invés de oferecerem rosas às suas Oxuns, não plantam perto das cachoeiras
mudas de roseiras? As rosas murcham e logo apodrecem. Mas uma muda de roseira
cresce, floresce, embeleza e vivifica o santuário natural dessas nossas mães do
Amor.
OFERENDA: Velas brancas, azuis e amarelas; flores, frutos e
essência de rosas; champagne e licor de cereja, tudo depositado as pé de uma
cachoeira.
OXÓSSI
É o caçador por excelência, mas sua busca visa o
conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e
o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber
religioso.
O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um
comentário. Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento
superior que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do
pólo positivo da linha do Conhecimento.
O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade
assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete
Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do
Conhecimento. O Orixá Oxóssi rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o pólo
negativo.
Oxóssi irradia o conhecimento e Obá o concentra.
Oxóssi estimula e Obá anula.
Oxóssi vibra conhecimento e Obá absorve as irradiações
desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento.
Oxóssi é vegetal e Obá é telúrica.
Oxóssi é de magnetismo irradiante e Obá é de magnetismo
absorvente.
Oxóssi está nos vegetais e Obá está em sua raiz, como a
terra fértil onde eles crescem e se multiplicam.
Oxóssi é o raciocínio hábil e Obá é o racional concentrador.
OFERENDA: Velas brancas, verdes e rosa; cerveja, vinho doce
e licor de caju; flores do campo e frutas variadas, tudo depositado em bosques
e matas.
XANGÔ
É o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a
razão, despertando nos seres o senso de equilibrio e eqüidade, já que só
conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se
processa num fluir contínuo.
O Trono Regente Planetário se individualiza nos sete Tronos
Essenciais, que projetam-se energética, magnética e vibratoriamente e criam
sete linhas de forças ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos
diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e passivo,
masculino e feminino, universal e cósmico.
Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao
irradiar-se, cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá
(divindade natural cósmica do Fogo Divino).
Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, Xangô e
Egunitá são os pólos magnéticos opostos. Por isto eles se polarizam com a linha
da Lei, que é eólica por excelência. Logo, Xangô polariza-se com a eólica Iansã
e Egunitá polariza-se com o eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas
regentes do Ritual de Umbanda Sagrada.
O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado
no pólo positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz surgir sete
hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs regentes
dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de forças da Justiça
Divina. Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis
vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores das qualidades, dos
atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.
Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos
níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os
aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem
lida com os regentes desses aspectos são os Exús e as Pomba-Giras.
Os Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários,
possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os
chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc.
Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs
Intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos
pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram
“humanizados” e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de
Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e reação.
Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos da
justiça divina.
Logo, se alguém disser: “Eu incorporo o Xangô tal”, com
certeza está incorporando o seu Xangô individual, que é um ser natural de 6°
grau vibratório, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por
estes Xangôs. Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível intermediário ou
qualquer outro Orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de
incorporação, é um Orixá de grau intermediador. Mas no geral, todos incorporam
seu Orixá individual natural, ou um espírito reintegrado às hierarquias
naturais e, portanto, um irradiador de um dos aspectos do seu Orixá maior.
Temos, na Umbanda, os:
Xangôs da Pedra Branca, Xangôs da Pedra Preta, Xangôs das
Sete Pedreiras, Xangô das Sete Montanhas, etc.
Que são todos eles, Orixás Intermediadores e regentes de
subníveis vibratórios ou regentes de pólos energo-magnéticos cruzados por
muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como aplicadores dos mistérios
maiores, mas já em pólos localizados em subníveis vibratórios. E todos estes
Xangôs intermediadores são regentes de imensas linhas de trabalho, ação e
reação. Ou não é verdade que temos caboclos da Pedra Branca, da Pedra Preta, do
Fogo, etc.?
Meditem muito sobre o que aqui comentei, pois em se tratando
de Orixás, é preciso conhecê-lo a partir da ciência divina ou nos perdemos no
abstracionismo e na imaginação humana. Reflitam bastante e depois consultem
seus mentores espirituais acerca do que aqui estou ensinando, irmão em Oxalá.
OFERENDA: Velas brancas, vermelhas e marrom; cerveja escura,
vinho tinto e licor de ambrosia; flores diversas, tudo depositado em uma
cachoeira, montanha ou pedreira.
OGUM
É o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória
entre a razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos
procedimentos dos seres em todos os sentidos.
Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a
ordenação dos processos e dos procedimentos. O Trono da Lei é eólico e, ao
projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos
ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético
positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã. Esta linha
eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles
estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo
elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.
Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e
Iansã como regentes.
Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua
natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias
naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. Os Orixás regentes
destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos
níveis vibratórios da linha de forças da Lei.
Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e
tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros;
Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que
são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete
negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia
vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás
intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos.
E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá. Agora, Ogum e
Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são
formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos,
como acontece com outros. Não, senhores! Ogum e Iansã formam hierarquias
verticais retas ou seqüenciais, sem quebra de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam
os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos,
todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!
Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a
mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta
alternativa. Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja
um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas
de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos
médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.
Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei,
sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.
OFERENDA: Velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho
tinto licoroso; flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos,
encruzilhadas, etc.
OBALUAIYÊ
É o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é
aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução
para outro.
O Orixá Obaluaiyê é o regente do pólo magnético masculino da
linha da Evolução, que surge a partir da projeção do Trono Essencial do Saber
ou Trono da Evolução.
O Trono da Evolução é um dos sete Tronos essenciais que
formam a Coroa Divina regente do planeta, e em sua projeção faz surgir, na
Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo magnético positivo, masculino e
irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e em cujo pólo magnético
negativo, feminino e absorvente está assentada a Orixá Nanã Buruquê. Ambos são
Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?).
Obaluaiyê é ativo no magnetismo telúrico e passivo no magnetismo aquático. Nanã
é ativa no magnetismo aquático e passiva no magnetismo telúrico. Mas ambos
atuam passivamente, o outro atua ativamente.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê
estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será
recebido no útero materno assim que alcança o desenvolvimento celular básico
(órgãos físicos).
É o mistério “Obaluaiyê” que reduz o corpo plasmático do
espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno.
Nesta redução, o espírito assume todas as características e feições do seu novo
corpo carnal, já formado.
Muito associam o divino Obaluaiyê apenas com o Orixá
curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do
que já o descreveram.
Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de
uma dimensão para a outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa.
Espero que os Umbandistas deixem de temê-lo e passem a
amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da
evolução dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações
dos que se apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar
seus semelhantes.
Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá
Obaluaiyê certamente conhecerão os Orixás cósmicos que lidam com o negativo
dele. Ao contrário dos tolerantes Exús da Umbanda, estes Obaluaiyês cósmicos são
intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá maior Obaluaiyê
para atingir seus semelhantes. E o que tem de supostos “pais de Santo”
apodrecendo nos seus pólos magnéticos negativos só porque deram mau uso aos
aspectos negativos de Obaluaiyê... Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de suas
lepras emocionais. Certo?
OFERENDA: Velas brancas e brancas/pretas; vinho rosé
licoroso, água potável; coco fatiado coberto com mel e pipocas; rosas,
margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beira-mar
ou á beira de um lago.
YEMANJÁ
É o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de
atuação é no amparo à maternidade.
Yemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao
comentá-la.
O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa
Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo
magnético positivo está assentada a Orixá Natural Yemanjá, e em cujo pólo
magnético negativo está assentado o Orixá Omulu.
Yemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o
nosso amado pai Omulu é a terra que amolda os viventes. Como dedicamos um
comentário extenso ao Orixá Omulu, vamos nos concentrar em Yemanjá.
Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o
amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos
magnéticos ocupados por sete Yemanjás intermediarias, que são as regentes dos
níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos
positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos.
Estas sete Yemanjás são intermediárias e comandam
incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras
estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como
mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou
paternais.
Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também
para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm
suas hierarquias de Orixás Yemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de
espíritos religados às hierarquias naturais.
OFERENDA: Velas brancas; azuis e rosas; champagne, calda de
ameixa ou de pêssego, amnjar, arroz-doce e melão; rosas e palmas brancas, tudo
depositado à beira-mar.
continua...
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